Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Estima-se que cerca de 4 milhões de brasileiros sofram com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o transtorno que caracteriza-se pela presença de obsessões (pensamentos, ideias, imagens, medos intrusivos que geralmente geram ansiedade e desconforto), compulsões (comportamentos visíveis ou atos mentais repetitivos realizados na tentativa de buscar alívio da obsessão) ou ambas.
Seguem alguns exemplos de obsessões:
– Medos de contaminação devido a contato direto com pessoas, locais ou objetos considerados “sujos” ou “infectados”;
– Dúvidas persistentes, por exemplo: “Será que me infectei com HIV?”, “Será que meu cabelo está alinhado?”, “Será que machuquei alguém?”, “Será que desliguei o gás?”.
– Pensamentos mágicos, por exemplo: “Se eu pisar na rachadura, minha mãe fratura a coluna”.
– Pensamentos proibidos ou indesejados envolvendo sexo, religião e agressão.
Seguem alguns exemplos de compulsões:
– Limpeza excessiva, usar produtos de limpeza em demasia, lavagem das mãos muitas vezes ao dia, tomar diversos e demorados banhos ao dia;
– Verificar várias vezes a porta, janelas, fogão, gás e ferro de passar.
– Alinhar objetos, organizar as roupas conforme tamanho e cor, alinhar livros na estante do maior para o menor, sentar e levantar um determinado número de vezes, contar número de azulejos em uma parede.
– Rezas e rituais de lavagem após pensamento blasfemo.
No TOC, as obsessões e compulsões tomam tempo (por exemplo, mais de uma hora por dia) ou causam sofrimento ou prejuízo em uma ou mais áreas da vida da pessoa (social, profissional, acadêmica, relacionamentos).
Alguns estudos apontam um risco até quatro vezes maior de desemprego devido a interferência dos sintomas no funcionamento social.
Os sintomas são indesejáveis, causam ansiedade e, na maioria das vezes, são reconhecidos como desproporcionais e/ou irracionais, mas dificilmente o indivíduo consegue evitar sua ocorrência. Enquanto algumas pessoas apresentam sintomas leves ou moderados (passando uma a três horas por dia com obsessões ou executando compulsões), outras apresentam têm pensamentos intrusivos ou compulsões quase constantes que podem ser incapacitantes.
Muitas pessoas com TOC frequentemente têm um diagnóstico de transtorno de ansiedade ao longo da vida.
Os tratamentos indicados e com comprovação científica são: tratamento medicamentoso, geralmente com um medicamento que tenha ação em um dos nossos neurotransmissores, a serotonina; associado a terapia cognitivo-comportamental.