Transtornos de Ansiedade
Os transtornos de ansiedade compartilham características de medo (reposta emocional a ameaça real ou percebida) e ansiedade (antecipação de ameaça futura) excessivos e alterações comportamentais relacionados. Esses transtornos se diferenciam do medo ou da ansiedade “normais” por serem excessivos e trazerem sofrimento e/ou prejuízos na vida da pessoa.
Os transtornos de ansiedade mais comuns na vida adulta são: transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de pânico, transtorno de ansiedade social (fobia social), agorafobia e fobia específica.
No TAG, há ansiedade e preocupações excessivas com diversos eventos ou atividades, persistentemente, por pelo menos 6 meses. A pessoa considera difícil controlar a preocupação, e ela está associada com pelo menos três dos seguintes sintomas: inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele, fatigabilidade, dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente, irritabilidade, tensão muscular e alterações de sono.
O transtorno de pânico se refere a ataques de pânico (surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos, acompanhado de sintomas físicos) inesperados e recorrentes, acompanhados de mudança comportamental devido apreensão ou preocupação de ter um novo ataque, evitando determinados lugares ou situações, na tentativa de evitar novos ataques.
A característica principal da ansiedade social é um medo ou ansiedade acentuados de situações sociais nas quais a pessoa pode ser avaliada pelos outros, como manter uma conversa, encontrar desconhecidos, ser observado comendo ou bebendo e/ou proferir palestras. Nessas situações, a pessoa tem medo de ser avaliada negativamente, preocupando-se que será julgado como ansioso, maluco ou desagradável.
A agorafobia é um transtorno em que a pessoa apresenta medo ou ansiedade acerca de duas (ou mais) das seguintes situações: uso de transporte público (carro, ônibus, aviões) , permanecer em espaços abertos (estacionamentos, mercados, pontes), permanecer em locais fechados (lojas, teatros, cinemas), permanecer em fila ou ficar em meio a uma multidão, sair de casa sozinha. A pessoa tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou obter ajuda caso venha a apresentar sintomas do tipo pânico ou outros.
Na fobia específica, há medo ou ansiedade elevados acerca de um objeto ou situação, por exemplo, medo de voar, alturas, animais, tomar uma injeção ou ver sangue. A pessoa evita o objeto ou a situação ou suporta com muito sofrimento, sendo o medo ou a ansiedade desproporcional ao perigo real imposto pela situação ou objeto.
Na maioria dos casos há indicação de tratamento medicamentoso associado a terapia cognitivo-comportamental.