Ejaculação Precoce
A ejaculação prematura (EP), também conhecida por ejaculação precoce, caracteriza-se por uma disfunção sexual em que a pessoa apresenta de forma recorrente um tempo rápido para ejacular, de forma que ocorre antes do desejo do indivíduo, que pode ter dificuldade em perceber o ponto que está prestes a ejacular e/ou então ter dificuldade em retardar a ejaculação.
Algumas pessoas apresentam a EP desde o início da vida sexual, sendo nomeada de ao longa da vida ou primária. Nesses casos, considera-se o tempo ejaculatório rápido aquele em que a pessoa ejacula antes de um minuto logo após iniciar a penetração.
Já para outras pessoas, o tempo ejaculatório pode passar a ser rápido após um período de atividade sexual em que não apresentava esses sintomas e apresentava uma vida sexual satisfatória. Nesses casos, nomeados de EP adquirida ou secundária, um dos parâmetros que podemos utilizar é o tempo ejaculatório inferior a 3 minutos após a penetração.
Para o diagnóstico da EP, a pessoa também precisa estar apresentando sofrimento decorrente a este quadro. Muitos pacientes referem queixas e críticas da parceria pelo tempo ejaculatório rápido, implicando em insatisfação sexual e conflitos no relacionamento. Outros, podem evitar a relação sexual, com medo de que o mesmo volte a acontecer na próxima relação sexual.
Nos casos de EP ao longo da vida, existem algumas hipóteses como hipersensibilidade da glande do pênis e alterações do neurotransmissor serotonina e seus receptores. Embora possa ser algo determinado de forma “biológica”, é comum que a pessoa venha a apresentar sofrimento psicológico pela EP, e muitos apresentam ansiedade elevada.
Já nas pessoas que apresentam EP secundária, várias etiologias (causas) devem ser investigadas e descartadas, incluindo causas orgânicas como inflamação da próstata e alterações tireoidianas, assim como causas psicológicas, por exemplo: falta de habilidade sexual, conflitos no relacionamento, ansiedade de desempenho e transtornos de ansiedade.
Quanto ao tratamento, primeiramente precisamos de um diagnóstico bem realizado, incluído o estabelecimento da(s) possível(is) causa(s) da EP.
Quando se trata de causas puramente orgânicas (o que é menos comum), a patologia por trás da EP deve ser devidamente tratada. Nos outros casos, na grande maioria das vezes há indicação de tratamento farmacológico para retardar o tempo ejaculatório associado a terapia sexual, voltado para o desenvolvimento de habilidades para que no futuro a pessoa consiga manter a melhora dos sintomas da EP sem a necessidade de continuar o uso do medicamento.